Relatório do Fórum Econômico Mundial, indica que a automação deve extinguir cerca de 85 milhões de empregos.
Dentro de cinco anos, máquinas e humanos dividirão os trabalhos de forma igual no mundo. Essa foi a conclusão do relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. De acordo com o levantamento o ano de 2020 fez com que empresas adotassem mais tecnologias, transformando tarefas, empregos, habilidades e acelerando processos.
Dessarte, das 300 empresas pesquisadas, que totalizam mais de 8 milhões de pessoas empregadas no mundo, 43% indicaram que irão introduzir mais automação e reduzirão sua força de trabalho devido à integração de tecnologia, 41% planejam expandir contratações para tarefas especializadas de trabalho e 34% estimam aumentar sua força de trabalho devido à incorporação de tecnologia.
Ainda de acordo com o relatório, a automação, em conjunto da nova divisão de trabalho entre humanos e máquinas, ocasionará a extinção de 85 milhões de empregos em todo o mundo, desde empresas de médio a grande porte, em vários setores e diversas economias, incluindo a brasileira.
Requalificação
O Fórum Econômico Mundial indica que os mais afetados pelas mudanças ocorridas em 2020 serão os trabalhadores que já estavam, de alguma forma, em desvantagem.
Apesar da janela de oportunidade para requalificação dos trabalhadores diminuir, com um mercado de trabalho mais restrito devido à recessão além do crescimento tecnológico, o relatório mostra que 50% de todos os trabalhadores que continuarem em suas funções até 2025 carecerão de requalificação.
A maior parte das empresas pesquisadas reconhece a importância de requalificar seus empregados e estima que fará a realocação de 46% deles para vagas que irão surgir. Além disso, conforme o relatório, dentro do período de 5 anos, 44% das habilidades a serem desenvolvidas pelos trabalhadores devem mudar.
O relatório aponta também que, apesar da perda de 85 milhões de vagas até 2025 por conta do aumento de tecnologias disponíveis, surgirão outras 97 milhões.
Entre os destaques, está a chamada economia verde, seguida por big data e novas funções em engenharia.
Conforme o estudo, uma das vantagens de utilizar um modelo de crescimento ecologicamente correto é o impacto positivo causado, justamente nos fatores de produção e em sua capacidade de gerar empregos. Pois, ao escolher tais medidas, isso acarretaria em um aumento líquido de mais de 2 milhões de empregos na economia brasileira no ano de 2030.
De acordo com o estudo, esses empregos seriam criados principalmente no setor de indústria e serviços. Para o segmento de agricultura, é esperado um aumento da especialização e empregos de maior qualificação.
